Uma proteína do corpo humano seria responsável por proteger neurônios contra o avanço do mal de Alzheimer. É isso que mostra uma pesquisa brasileira publicada na revista científica "Journal of Neurochemistry". Os cientistas acreditam que essa substância pode ser usada em algum tratamento futuro contra a doença, que é cada vez mais comum entre idosos e atinge principalmente a memória.
Na pesquisa, o grupo descreveu as interações químicas de uma proteína chamada STI1. Ela é uma das responsáveis por ligar o neurônio a outras substâncias que ficam na superfície dele – por isso, a STI1 recebe o nome de "ligante".
Em cima dos neurônios, também fica outra proteína, chamada príon, que funciona como um receptor de substâncias do ambiente externo. Os ligantes fazem a comunicação entre o príon e o neurônio. Essa interação é responsável por vários processos que ocorrem nas células, desde o próprio desenvolvimento delas até a formação de um neurônio funcional.
Há vários tipos de ligantes, e cada um provoca um efeito diferente. Nessa pesquisa, os cientistas descobriram que a proteína STI1 protege os neurônios e tem um papel importante na formação da memória.
A ideia de um tratamento futuro, que ainda precisa ser desenvolvido em laboratório, seria usar a STI1 para blindar os neurônios. Além da proteção natural, essa proteína ainda ocuparia os espaços de ligação, dificultando a interação da toxina com as células.
(Redação e G1)