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24/04/2012

DiscussĂŁo de obras de ficção pode mudar visĂŁo sobre CiĂȘncia

DiscussĂŁo de obras de ficção pode mudar visĂŁo sobre CiĂȘncia Ficção pode ajudar a entender questĂ”es sociais que envolvem a CiĂȘncia. (Foto: Wikimedia Commons)
A leitura de textos de ficção cientĂ­fica em sala de aula pode ir alĂ©m da introdução de conceitos cientĂ­ficos e se tornar um debate sobre o papel da CiĂȘncia e suas implicaçÔes sociais e polĂ­ticas. É o que mostra estudo do Instituto de FĂ­sica da Universidade de SĂŁo Paulo.

No estudo, que apresenta projetos realizados com estudantes buscando desenvolver entre eles uma visĂŁo mais crĂ­tica da CiĂȘncia. O professor Anderson Anderlini conta que no inĂ­cio da pesquisa a ficção cientĂ­fica era encarada de uma forma mais lĂșdica, ou seja, uma forma de cativar os estudantes para o ensino de CiĂȘncias. No entanto, ao longo do estudo, com as reflexĂ”es teĂłricas e o trabalho em sala de aula, houve uma mudança de foco. “O que se percebeu Ă© que os textos de ficção cientĂ­fica poderiam servir tambĂ©m para compreender as questĂ”es sociais que envolvem a CiĂȘncia”.

A partir dos estudos do educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997), do psicĂłlogo russo Lev Vygotsky (1896-1934) e do filĂłsofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), o pesquisador procurou direcionar as discussĂ”es sobre obras de ficção cientĂ­fica em sala de aula para as questĂ”es polĂ­ticas enraizadas na produção cultural. 

“É possĂ­vel ler um conto sobre robĂŽs e se concentrar apenas em questĂ”es tĂ©cnicas, como a construção de um cĂ©rebro artificial”, aponta o professor. “No entanto, a relação entre homens e robĂŽs Ă© servil, como se fosse uma espĂ©cie de escravidĂŁo, o que pode ajudar a entender questĂ”es sobre preconceito racial, da mesma forma que uma histĂłria de alienĂ­genas pode trazer questĂ”es sobre xenofobia, o medo do que vem de fora”, acrescenta.

Entre as opçÔes de livros trabalhados, estavam obras de autores clĂĄssicos do gĂȘnero, como JĂșlio Verne (1828-1905), H.G. Wells (1866-1946), Ray Bradbury (1920) e Arthur Clarke (1917-2008). Com o tempo, a lista passou a incluir romances policiais, poesias, teatro, distopias (textos com visĂ”es negativistas do futuro da sociedade), entre outros gĂȘneros literĂĄrios, desde que envolvam a CiĂȘncia de alguma forma. 

(AgĂȘncia USP)

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